Há algo profundamente misterioso e grandioso em pegar a pena, ou os dedos sobre o teclado, e criar universos com palavras. Quando escrevemos, não estamos apenas arranjando letras em ordem, estamos desenhando mapas invisíveis que guiam mentes, despertando corações e revelando verdades ocultas sob o véu do ordinário.
Escrever livros é uma forma de lançar âncoras em mares de incerteza. Assim como o vento invisível move as folhas e ergue os navios, as palavras movem o espírito humano, levando-o a novas aventuras e descobertas. Um autor não escreve apenas sobre o mundo como ele é, mas sobre o mundo como ele pode ser, ou como deveria ser. Ao fazer isso, abre portas para que o leitor se veja de maneira diferente — e, ao se transformar, ele transforma o mundo.
Assim como o fogo das fornalhas molda o aço nas forjas de tempos passados, as histórias que contamos moldam o pensamento, as aspirações e as esperanças de gerações. Cada livro, cada história, é uma faísca que pode acender uma chama que move o mundo adiante, não apenas em direção ao que já se conhece, mas ao que se imagina, ao que é possível, e ao que, um dia, pode se tornar realidade.
